domingo, 27 de abril de 2008

Pedaços do Minho


Adeus ó lugar de Ervelho,
Pequenino e airoso,
Quem n'elle tomar amores
Póde-se dar por ditoso.

A agua do rio Minho
Corre por baixo da ponte,
Quem quizer o cravo louco
Ponha-lhe a rosa defronte.

Alta serra do Gerez
Onde a neve se detem,
Chamo, ninguem me responde,
Olho, não vejo ninguem.

O' alta serra da Estrella
Onde se tece a cambraia,
Se d'esta me vejo livre
Não temas que eu n'outra caia.

(in «O Minho pittoresco»)

3 comentários:

cristina ribeiro disse...

...n'outra...

O Réprobo disse...

Querida Cristina,
a rampa "ameaça" realmente levar a Paraísos de alturas e solidão. E a dos "cravos loucos" vem a calhar na ocasião, embora não mereçam que lhes ponham rosas defronte.
Beijo

cristina ribeiro disse...

Sabe o Paulo que, quando li esses versos, me lembrei daquele comentário sobre a importância das rosas- brancas- de que falámos ontem, na sua caixa de comentários? :)
Beijo