segunda-feira, 21 de abril de 2008

Para ler

O nosso sistema educativo é muito teórico, praticamente ineficaz e socialmente injusto. As injustiças sociais são uma coisa que me incomoda muito. Mas, o que ainda me incomoda mais é as pessoas conformarem-se com facilidade com o que está mal. Não se pode chegar às eleições e não votar ou fazê-lo sempre nos mesmos, sem espírito crítico. E isto sem se exigir da parte dos políticos eleitos contrapartidas. É esta a base da crise que Portugal atravessa neste momento, e grave. Há necessidade de raciocínio lógico, que deve ser ensinado. As pessoas dizem uma coisa, mas depois fazem outra. Querem um país próspero, mas depois não contribuem para isso. Querem um país limpo, mas sujam. Querem um trânsito fluído, mas depois atrapalham-no por egoísmo. Acham que a economia portuguesa não deve ir à falência, mas compram tudo no estrangeiro. A começar pelo Estado. Os carros que adquire são importados e poucos há que optam por viaturas fabricadas em Portugal. Esta é a grande revolução cultural que precisamos: educar o raciocínio lógico e exigir coerência a quem toma decisões e é eleito por todos nós.

32--Se tivesse que deixar uma mensagem ao actual Presidente da República e ao Governo, qual seria?

Pedia-lhes que estimulassem mais a coerência e a lógica do comportamento de todos os portugueses. E nunca permitir que o dinheiro dos nossos impostos seja desbaratado com coisas inúteis, secundárias ou pouco importantes. O povo português não pode ser mugido como uma vaca para depois deitarem fora de qualquer maneira o dinheiro recolhido nos impostos.

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