sábado, 22 de março de 2008

Na blogosfera

No entanto, não é difícil perceber tão ogresco e deslavado empreendimento. A lógica do batráquio que sonha arvorar-se bovino é mais que evidente. Basta atentarmos no que essa escumalha mental tem para colocar a substituir a Igreja: o Estado. O sacrossanto e descomunal Estado, nem mais. O omnipresente, omnisciente e omnipotente Estado. Em rigor: a grandessíssima Bosta & Besta do Estado! Quer dizer, depois de ter assassinado e usurpado a Nação, o Estado atira-se agora ao baluarte que resta – à Igreja. Depois de tragar a estrutura física de Portugal, trata de lançar a dentuça venenosa e o bandulho ávido à estrutura moral. Armado em pseudo-nação, o Estado quer agora também assumir-se como pseudo-Igreja. Daí a pseudo-religião laica. E a pseudo-democracia como cobertura de chantilly para o totalitarismo aos molhos. O bife do lombo a engodar a estricnina.
Mas, afinal, o que raio vem a ser o Estado?
Basta pegarmos na definição Nietzschiana de Igreja – “um edifício de dominação hierárquica que assegura o plano superior ao espírito” – pô-la de patas para o ar, às avessas e aí tendes o Estado: “um edifício de dominação hierárquica que assegura o plano inferior do espírito”.
Por conseguinte - e sobre isto não me restam grandes dúvidas -, à Igreja, contra aquilo que lhe é inferior, compete-nos defendê-la. Pois no dia em que ela cair de vez, não restará mais quem nos defenda desta Besta. Ou melhor, destas bestas. Porque o seu nome é Legião.

Dragão in Dragoscópio.

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