sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Da (in)tolerância

Ontem foi a última aula de Organizações Internacionais, antes da prova final. Um aluno chinês, filho de diplomata, que vive há 3 anos no Brasil, estava incumbido de fazer uma apresentação sobre o Grupo de Xangai.

Esse aluno tem imensas dificuldades para falar português. Tentou ler a sua apresentação. Os alunos entretinham-se gozando com o colega, rindo desalmadamente, argumentando que em 3 anos no Brasil já teve mais do que tempo suficiente para aprender a falar português correctamente.

A Professora pediu-lhe para falar em chinês, e assim demonstrou que os burros somos nós que nos julgamos donos do mundo. Nós que achamos que a nossa cultura e as nossas línguas é que são importantes. Sempre com um sorriso, ainda acabou por nos ensinar a dizer em chinês os nomes dos países que fazem parte do Grupo. Tanto quanto sei, ele pode até ter chamado nomes e gozado com todos enquanto falou em chinês. E se o fez, fez bem.

Aqueles que mais advogam a tolerância parecem ser os que menos têm problemas em a deixar na gaveta…

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